Umas Duas Cervejas E Meia Duzia Depois
written by: Silvana McGuire
Aqueles olhinhos verdes, do chao pro ceu brilhando
Feito relampago, me deixaram com os cabelos arrepiando
O sovaco, molhado
Nao tinha anjo, nao tinha bruxa, nao tinha lua, nao tinha nada
Tinham so os dois olhinhos, no meio do escuro, brilhando pra mim verdinhos
Em dois segundos brequei, puxei o carro pra direita e pra esquerda,
Os olhinhos sumiram! Como?
No mesmo momento, ali estavam de novo, piscando, e debaixo deles
A boca, arreganhada, dentes pontudos, brancos, agudos, a lingua afiada
Seu danado! Um gato preto cruzando meu caminho
Debaixo do viaduto, na noite que nao era enluarada
Valha-me Deus, misericordia, que nao quero matar o bichinho!
Nao! Nao! Que danacao!
Um baque debaixo do carro, so um, nao pegou nas rodas, nao pegou nas rodas, nao pegou nas rodas
No retrovisor, no escuro, duas da manha, duas cervejas e meia duzia e minha fantasia de Carnaval reusada, largada no banco, pra outra ocasiao
Era gato? Era danacao?
Era final de Outubro! Doces e Assombracao!
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